26 de abril de 2024

Eficácia da cianovirina foi comprovada por pesquisadores dos EUA.
Gel feito à base de cianovirina poderia diminuir a contaminação.

Flávia Alvarenga
Publicado pelo portal G1, em 1º de abril de 2015

cianovirinaUm novo tipo de soja, desenvolvido no Brasil pela Embrapa, pode ser o primeiro passo para a produção de uma espécie de vacina contra a Aids. Essa nova variedade de soja contém uma proteína que envolve o vírus do HIV e impede que ele se multiplique.

A semente de soja foi desenvolvida em laboratório. Ela é resultado de nove anos de estudos deste pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. O objetivo é produzir um tipo de soja geneticamente modificada, que contém uma proteína capaz de impedir a multiplicação do vírus do HIV.

O nome da proteína é cianovirina. O problema é que ela só era encontrada num tipo de alga marinha, mas os pesquisadores conseguiram extrair a parte do gene da alga que produz a cianovirina e transferir para a soja. Esse pode ser o primeiro passo para a produção em massa de um medicamento que previne a contaminação pelo vírus da Aids.

A eficácia da cianovirina já foi comprovada por pesquisadores dos Estados Unidos há mais de dez anos. A proteína cianovirina é capaz de se ligar ao vírus HIV e impede a multiplicação do HIV no corpo humano.

“É uma barreira. É uma barreira à replicação do vírus. Ao desenvolvimento do vírus e impede que o vírus infecte a pessoa”, fala o pesquisador de recursos genéticos da Embrapa, Elíbio Rech.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil existem 734 mil pessoas com Aids e a cada ano surgem mais 39 mil casos da doença.

Os pesquisadores acreditam que um gel feito à base de cianovirina poderia diminuir drasticamente a contaminação.

As sementes já estão prontas e poderão ser usadas como matéria-prima desse gel. Mas para isso é preciso que uma indústria farmacêutica se interesse pelo desenvolvimento e fabricação desse novo medicamento.

“A próxima etapa será de responsabilidade do setor farmacêutico. Será disponibilizada para uma indústria farmacêutica que possa realizar os estudos pré-clínicos e clínicos e formulação de um potencial gel para chegar ao mercado”, explica Elíbio.

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