18 de abril de 2024

Um ato público em protesto contra a violência que faz muitas vítimas entre pessoas LGBT, especialmente travestis e transexuais, está sendo programado pelo movimento social para acontecer em Pernambués, na Capital baiana, na próxima quarta-feira, 23 de março, com concentração a partir das 14h, no  final de linha do bairro.

Pernambués não foge à regra da violência machista, misógina, transfóbica e homofóbica que se verifica em toda a cidade. Entretanto, dois casos recentes chamam atenção em razão da semelhança que guardam entre si. Naquele bairro, Ariane Senna, mulher trans, e seu esposo foram vítimas de ataque violento e transfóbico, no dia 9 de novembro de 2015. Quatro meses depois, em 14 de março de 2016, foi a vez de Bruna Menezes, também mulher trans, ser vítima do mesmo ódio. Além das agressões físicas sofridas por ela, seu marido foi atingido por um tiro. Este último caso segue em inquérito policial.

A violência contra pessoas LGBT é uma constante em Salvador, na Bahia, no Brasil. Dados do Grupo Gay da Bahia dão conta de um assassinato por dia no País motivado única e exclusivamente por ódio à orientação sexual e identidade de gênero diversa do padrão heterossexual. Quando analisamos outras formas de violência, os números são infinitamente mais expressivos.

Por essas razões, o movimento social vai às ruas de Pernambués exigir segurança, respeito e dignidade. Os fatos mais recentes foram o estopim do protesto, mas ele também é motivado pelos tantos outros registros da violência cotidiana sofrida por travestis, transexuais, lésbicas, gays, bissexuais e todas as pessoas não enquadradas no modelo convencional da heterossexualidade. Agressões todas elas graves. Muitos casos fatais. Dispensável dizer que essa violência insana deve acabar.

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