16 de outubro de 2024
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O barracão incendiado fica dentro do templo Axé Oyá Bagan, mais conhecido como Casa da Mãe Baiana, no Núcleo Rural Córrego do Tamanduá

Publicado pelo Correio Braziliense, em 27 de novembro de 2015

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(Reprodução / WhatsApp)

Um barracão do templo Axé Oyá Bagan, de religião de matriz africana, foi incendiado na madrugada desta sexta-feira (27/11), no Núcleo Rural Córrego do Tamanduá, entre as regiões do Lago Norte e do Paranoá. O espaço também é conhecido como Casa da Mãe Baiana e fica dentro de uma chácara. As chamas tiveram início por volta das 5h.

Segundo a produtora cultural Marta Carvalho, 44 anos, duas pessoas dormiam no local quando começaram a ouvir estalos. Em seguida, perceberam que tratava-se de um incêndio. Testemunhas contam que o fogo se alastrou rapidamente pela estrutura de madeira. “Perdemos tudo que estava lá dentro, inclusive as imagens”, relatou Marta.

O Corpo de Bombeiros foi acionado. Uma equipe da corporação atuou até a extinção das chamas. Ninguém se feriu. Os militares fizeram perícia no local. O resultado do laudo deve sair em 30 dias.

Esse é o mais recente caso de ataque a terreiros na região do DF e Entorno. Em setembro, ao menos outros dois templos de religiões afro-brasileiras foram atacados: um em Santo Antônio do Descoberto (GO) e, outro, em Águas Lindas de Goiás (GO). Ambos foram incendiados, sendo que o primeiro já tinha sido alvo de outras ações.

No terreiro de Águas Lindas, vizinhos chegaram a avistar uma Saveiro. O carro derrubou o portão. As delegacias das regiões ainda investigam os casos. Ninguém foi preso desde então.

Segundo informações da Polícia Civil, até o momento, não há registro de ocorrência no sistema da corporação. A expectativa é de que o caso seja registrado na 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte).

Há suspeita de que o incêndio tenha sido motivado por intolerância religiosa. O ataque acontece uma semana depois das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra (em 20 de novembro).

Representantes da Secretaria de Políticas promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e da Fundação Cultural Palmares  estiveram no local e vão acompanhar as investigações.

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