10 de novembro de 2024
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Marcos, Fábio e Felipe, comemoram a vitória contra o preconceito (Foto: Divulgação)

Documento lavrado no cartório do 3° Registro Civil da Capital tem o nome dos dois pais
no espaço destinado á filiação (Foto: Divulgação)

Geraldo Ribeiro
Publicado pelo site Extra, em 14 de outubro de 2014.

Uma vitória contra o preconceito. Assim o casal de pastores homossexuais Marcos Gladstone Canuto da Silva, de 38 anos, e Fabio Inácio de Souza Canuto, de 34 anos, classifica a decisão da Justiça que garantiu ao filho Felipe, de 10 anos, que vive com eles há quatro anos, o direito de ter o nome dos dois pais no espaço destinado à filiação, em sua certidão de nascimento. O documento foi lavrado na última sexta-feira no cartório do 3° Registro Civil da Capital do Rio de Janeiro.

— É um fato importante para a gente e para a sociedade, além de atender a um desejo antigo do menino, tanto que ele já escrevia seu nome acompanhado dos nossos sobrenomes — comemora Fábio Inácio, que assim como Marcos é pastor da Igreja Cristã Contemporânea, que abriga fiéis independentemente de sua orientação sexual e possui nove templos, seis deles no Rio.

Logo após receber a certidão de Felipe, Fábio escreveu em sua páguna na rede social: “A Justiça reconheceu o que o amor escolheu. Antes unidos somente pelo amor, hoje unidos e reconhecidos pela lei dos homens”. Para a vitória ficar completa, Marcos e Fábio contam agora com a conclusão do processo de adoçao de outro menino de 12 anos, que está com o casal tembém há quatro anos. O passo seguinte será a adoção de uma menina, “para completar a família.”

Marcos, Fábio e Felipe, comemoram a vitória contra o preconceito (Foto: Divulgação)
Marcos, Fábio e Felipe, comemoram
a vitória contra o preconceito
(Foto: Divulgação)

O sonho do casal Marcos Gladstone e Fabio Inacio sempre foi o constituir uma família com filhos como qualquer outro casal heterossexual. mas para chegar ao final feliz percorreu uma longa estrada. O primeiro passo foi regularizar a situação de ambos. Para isso, os dois se casaram praticamente quatro vezes. Em 2009, realizaram uma escritura declaratória de união homoafetiva juntamente com uma cerimônia religiosa. Em 2011, com a liberação da união estável para casais do mesmo sexo promoveram a mesma. Em 2013 com a decisão da Conselho Nacional de Justiça (CNJ) puderam converter a união estável em casamento civil, e desde então se sentem enfim realmente “casados”.

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