
Publicado pelo portal Brasil 247, em 15 de março de 2017
A senadora Regina Sousa (PT-PI) foi empossada, nessa terça-feira (14), na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. Logo após assumir o posto, a nova presidenta transformou a sessão extraordinária —geralmente, apenas uma solenidade — em uma reunião de trabalho, colocando em votação uma série de requerimentos de audiências públicas para debater temas como a reforma da previdência, a reforma trabalhista e os malefícios da liberação total da terceirização de mão de obra.
Segundo a parlamentar, desconstruir e desqualificar os direitos humanos, reduzir a contestação às arbitrariedades a mero “mimimi”, é típico do discurso de ódio das forças fascistas que defendem o fim dos direitos sociais. “Elas se apresentam com vários nomes e reúnem em suas fileiras os machistas, os homofóbicos, os racistas, os misóginos, os intolerantes com a diversidade religiosa, entre tantos outros que se alimentam de preconceito e praticam a discriminação”, ressaltou Regina.
A senadora compreende a CDH como uma trincheira que permitiu às mulheres, aos negros, aos indígenas e demais grupos sociais discriminados ganhar voz e defender seus direitos. A parlamentar criticou o pensamento reacionário que tenta associar defesa dos direitos humanos com a defesa de criminosos.
Direitos humanos, ressaltou, são o conjunto de leis e convenções nacionais e internacionais construídos historicamente pela humanidade para preservar os direitos frente à truculência do Estado e de setores do poder econômico. “Esse conjunto de leis é fundamental para todos e todas nós, porque nos defende como seres humanos”, lembrou a nova presidente da CDH.
Regina presidirá a CDH neste biênio 2017-18 e contará com o senador Paulo Paim (PT-RS) como vice-presidente. Ambos foram indicados pela Bancada do PT no Senado para o colegiado.