Publicado pelo site Dois Terços, em 18 de maio de 2015
A tarde deste domingo (17), Dia Internacional contra a Homofobia, foi de protesto e caminhada na Barra, orla de Salvador, durante a “I Marcha contra LGBTfobia”, que reuniu mais de 200 militantes de Salvador e do interior do Estado, que saíram às ruas para protestar pela crescente onda de violência contra a comunidade LGBT na Bahia.
A concentração aconteceu no Morro do Cristo, na Barra, e atraiu simpatizantes e militantes que utilizaram um carro de som e gritavam palavras de ordem e reivindicações no percurso até o Porto da Barra. A comunidade gay chamou a atenção de baianos e turistas com faixas, bandeiras e cartazes, a exemplo de Luana Lins, artista transformista que pediu justiça e cadeia para os assassinos do bailarino do Balé Folclórico da Bahia e para Andrezza Lamark, assassinada no início do mês, no bairro do Tororó. “Sou Luana Lins, artista transformista, e estou aqui para somar com você e pedir justiça e cadeia para os assassinos de Andrezza e do bailarino que até hoje pouco sabemos sobre os rumos do caso. Quero respeito e justiça”, pontou Lins.
Já para Gilvan Dias, um dos organizadores da marcha e presidente da Associação das Musas de Castro Alves (ASMUSADECAR), a vinda do movimento LGBT do interior para essa marcha em Salvador é fundamental para fortalecer o pedido do fim da violência contra a comunidade gay e fazer um alerta para sociedade. “Hoje queremos dar um alerta para que todo tipo de fobia e ódio contra a orientação sexual de outra pessoa deixe de existir e de ser motivo de agredir e até matar o outro. Isso é absurdo e falta de humanidade”, declarou.
Com a escolta da polícia, a Marcha seguia sentido Farol da Barra quando foi impedida por guardas municipais e agentes da Transalvador, que fecharam a rua impedido a entrada do movimento gay pela nova Barra. A atitude dos agentes da Prefeitura de Salvador causou protesto e revolta do movimento que discursava e pedia respeito. “E o direito de ir e vim?”, perguntava a multidão em coro.
Com o impasse causado pela Transalvador e a Guarda Municipal, os manifestantes fecharam a rua e se posicionaram informando que só sairiam da rua com a liberação do movimento, causando um longo engarrafamento na Orla. Após muito protesto dos militantes o acesso foi liberado e o movimento seguiu com gritos. “A Barra é do povo e ninguém vai nos impedir de passar. Queremos respeito, pagamos impostos. A cidade é do povo dessa cidade, não de um grupo de elite”, protestou um jovem militante rumo ao porto da Barra, ponto final do do ato.
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