O Instituto Profissionalizante de Educação e Capacitação – IPEC realizou, no último dia 11, a II Mesa Redonda de Diversidade, com o tema “A Invisibilidade de Travestis e Transexuais no Mercado de Trabalho”. O evento aconteceu no Salão de Convenções da Fundação Visconde de Cairu, em Salvador.
Participaram, como palestrantes, a coordenadora da ATRAÇÃO e conselheira de ética da ANTRA, Ariane Senna, a coordenadora geral da ATRAÇÃO, vice-presidente da ABGLT e Presidente da ANTRA, Keila Simpson, a sócia diretora da Véli Brasil, diretora executiva da Véli Bahia e vice-presidente eleita da ABRH/BA, Margot Azevedo, e do militante do movimento negro e membro do IBRAT/BA, Pietro Akin Franco. A mediação foi realizada por Théo Meireles, profissional de comunicação da Rádio CBN Salvador.
A Diva Dion Santtyago, sempre disponível e grande ativista da comunidade, marcou presença contribuindo com performance musical emocionante. A coordenadora estadual do grupo Mães pela Diversidade, Inês Silva, foi homenageada pelo Dia das Mães e por todo trabalho que vem desenvolvendo em nome da cidadania plena da população LGBT. O evento foi prestigiado também por grandes nomes do movimento LGBT baiano como Ailton Santos, do CEDAP, o ativista independente Gésner Braga, entre outros.
Em sua palestra Keila Simpson salientou que a invisibilidade de travestis e transexuais acontece no mercado formal de trabalho, enquanto que essas mesmas pessoas são aceitas para favores sexuais nas madrugadas das cidades, restando muito visível além desse papel. Completou sua fala dizendo que o mesmo cliente que as procura, não aceita vê-las trabalhando em um balcão de farmácia, em uma loja ou em outro tipo de atividade além da prostituição.
A vice-presidente da ABRH/BA, Margot Azevedo, demonstrou interesse em ampliar o debate junto às empresas e ficou acordado que acontecerão reuniões em conjunto com o IPEC para traçar estratégias com está finalidade. “Fiquei profundamente emocionada com a riqueza e a qualidade ímpar dos seres humanos que estavam naquela mesa”, declarou. Margot também afirmou seu compromisso em “contribuir com a inclusão da população trans no mercado de trabalho formal, com dignidade e possibilidade de crescimento profissional”.
O professor, diretor geral do IPEC e idealizador da Mesa, Marcelo Pacheco, homenageou Keila Simpson, oferecendo-a o título da Madrinha da Mesa Redonda da Diversidade Sexual, que será agenda anual e permanente da empresa durante o Maio da Diversidade. A madrinha participará da construção de temas de relevância social e cidadã para serem desenvolvidos, inclusive propondo nomes para compor as futuras mesas.
Marcelo Pacheco fez uma análise conclusiva do dia e relatou, com grande satisfação, a adesão não apenas da comunidade LGBT, mas também do público em geral que prestigiou o evento. Ele afirmou ainda que o ambiente acadêmico tem a responsabilidade de promover a cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos às diferenças, garantindo a inclusão, promoção de igualdades, enfrentando o preconceito, discriminação e violência.
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