Publicado pela Revista Lado A, em 7 de Agosto de 2019.
Rogério Amador de Melo é psicólogo e pesquisador da UNESP de Assis, em São Paulo. Como continuidade de um de seus trabalhos de pesquisa, Melo realizou um ensaio queer. A obra do autor remete a experiências e estudos sobre gênero, sexualidade e heteronormatividade. Conforme escreveu o artista e pesquisador, a inspiração para esse trabalho veio dos processos que ele mesmo enfrenta. Enquanto homem cis, “bixa”, como ele se intitula, psicólogo e pesquisador, foi possível se inspirar.
O trabalho foi inspirado também na obra “Inquietações de uma bicha: rastros de um futuro pesquisador”, que faz parte de sua pesquisa de mestrado, em 2016. Melo se apoia nessas reflexões de arte, pesquisa, possibilidades infinitas de existência para dar vida a novos trabalho. É o caso de seu ensaio fotográfico intitulado “Fazendo a lôca em uma gongação dos gêneros: um bafo de (re)existência”.
O ensaio é uma busca do autor por uma narrativa artística para problematizar e desmistificar o corpo que obedece aos padrões de gênero estabelecidos. Sua base teórica inclui as obras de Judith Butler, grande estudiosa contemporânea das questões de gênero. De acordo com Butler, não há necessidade de o gênero se limitar a dois, masculino e feminino. A autora aborda ainda a flexibilidade queer e a possibilidade de diversas interpretações de gênero. Nesse sentido, Melo buscou inspiração nessa fluidez de infinitas possibilidades para realizar suas pesquisas e seu trabalho fotográfico. “Esse posicionamento ético/político/estético vai se tornando mais explícito e contundente, ao fazer do meu corpo canal de passagem desses trânsitos, desses movimentos de (des)construções e fluxos.”, escreveu Melo.
ENSAIO 1 – Fazendo a lôca em uma gongação dos gêneros: um bafo de (re)existência
ENSAIO 2 – Avessos inauditos: @s outr@s que me habitam