15 de outubro de 2024
bankimoon

Declarações de Ban Ki-Moon foram dadas durante sessão do COI, em Sochi; país tem leis que proíbem “propaganda homossexual”

Publicado no site Opera Mundi, em 6 de fevereiro de 2014.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon condenou os ataques à população LGBT durante um discurso nesta quinta-feira (06/02) na sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Sochi, na Rússia. O país tem leis que proíbem “propaganda homossexual”, que ativistas indicam que é, na verdade, uma forma de discriminação.

“Muitos atletas profissionais gays e heterossexuais são contrários ao preconceito. Devemos elevar nossa voz contra os ataques a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou intersexuais”, afirmou. “Devemos opor-nos às detenções, prisão e restrições discriminatórias que os gays enfrentam.”

Vladimir Putin (esq.) e Ban Ki-Moon, em encontro no ano passado,
durante a cúpula do G20, em São Petersburgo
(Agência Efe)

Por sua vez, o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, disse, de acordo com a AFP, que todos devem lutar contra a discriminação, mas tentou afastar a situação dos Jogos Olímpicos de Inverno, que fará a cerimônia de abertura nesta sexta-feira (08/02).  “Mas o esporte não deve ser uma tribuna para dissidências políticas ou para tentar marcar pontos por motivos de contestação política interna ou externa”, disse.

Em junho passado, a Rússia aprovou uma lei que proibia a propaganda de “formas não-tradicionais de relações sexuais”. A norma tem sido usada para banir paradas gays e eliminar as discussões sobre homossexualidade em jornais e televisões, temendo que jovens menores de 18 anos possam ler ou ouvir sobre o tema.

Para políticos russos, a lei foi criada apenas para proteger os direitos das crianças, afinal, a homossexualidade no país foi legalizada em 1993.  No entanto, ela provocou polêmica no mundo ocidental por ferir direitos humanos. Segundo críticos, trata-se de uma ação discriminatória contra minorias.

Em janeiro, o presidente Vladimir Putin chegou a dizer que os gays são bem-vindos a Sochi desde que deixassem “as crianças em paz”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *