3 de novembro de 2024
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Gilmaro Nogueira
Publicado pelo site Cultura e Sexualidade, em 29 de fevereiro de 2016

Historicamente, os sujeitos não-heterossexuais, em especial a população trans, em sua diversidade, têm sido patologizada pelos saberes médicos. Ainda hoje, encontramos pessoas e instituições que insistem em curar gays, lésbicas, travestis e transexuais. A psicologia, por décadas, serviu a esses objetivos anti-éticos e desumanos ao não respeitar as identidades e os gêneros das pessoas e, principalmente, ao não questionar a patologização das identidades trans.

A partir dessa crítica, desde o semestre passado estamos realizando atendimento psicológico à população LGBT, com o objetivo de dar suporte ao enfrentamento das violências cotidianas que questionam essas vivências e que vulnerabilizam sujeitos.

Nesse período temos acompanhado diversos casos de violência física. No entanto, não esperávamos tantos casos de violência intrafamiliar, principalmente com mães e pais expulsando filhos e filhas de casa. Muitas dessas pessoas também têm sofrido violência moral, ao serem convencidas que não são normais, o que as levam a falar em suicídio.

Ajudar os sujeitos a lidar com essas questões são insuficientes, pois o sujeito compreender e lidar bem com sua sexualidade não evita que os outros continuem os violentando. Sabemos dos limites de nossas ações e da necessidade de discussões mais amplas, com toda sociedade.

Em relação às pessoas trans é importante ressaltar que não concordamos com a exigência de que todas tenham que fazer acompanhamento psicológico para ter acesso a serviços de saúde e mudanças de nome/sexo. Sabemos que não somos nós, psicólogos/as, que atestamos se uma pessoa é trans ou não. Consideramos importante a autonomia das pessoas trans na afirmação de suas identidades, visto que elas não são doentes, nem desviantes mas, como esse processo exige laudos psicológicos, é importante dar esse suporte, principalmente a quem não pode pagar um psicólogo particular.

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O atendimento também pode ser solicitado através do Grupo Mães da Diversidade ou da Defensoria Pública do Estado da Bahia.

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12 thoughts on “Atendimento psicológico gratuito à População LGBT

  1. Oi sou novo e não tenho ideia de onde começar…me batizaram de Tayane mas prefiro ser chamado e Noah…nasci menino no corpo de menina e quero muito começa a tomar hormônios etc…eu tenho 29 anos e ja estou cansado de viver assim…ja tentei suicidio devido a isso nunca procurei ajuda como agora não tenho dinheiro para contratar um psicologo…dizem que o sus da mas não faço ideia tbm de como proseguir para começar minha transformação corporal…alguém pode me ajudar

    1. Essa postagem é de 2016. Provavelmente, houve alterações na atividade, visto que era de caráter acadêmico. Vou verificar informações a respeito.

  2. Olá, nao sei como cheguei aqui, como posso conseguir atendimento psicologico gratuito? sou uma garota trans de 17 anos e to com dificuldades de me aceitar ainda, eu nao guento mais viver assim sendo socializada como menino… e minha familia provavelmente nao vai me aceitar, ja tentei me matar mts vezes

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