Publicado pelo portal Extra, em 22 de agosto de 2014
Às vésperas do início de mais uma temporada do Campeonato Espanhol, duas associações de esportistas homossexuais lançaram uma campanha no Twitter contra a homofobia. A “Halegatos” e “Arcópoli” criaram as hashtags “LaLigaSinHomofobia”, “#LaLigaSinBifobia” e “#LaLigaSinTransfobia” para promover o fim do preconceito no esporte. De acordo com o jornal “AS”, a ideia é colocar as hashtags nos trending topics.
“Na Espanha, não há qualquer referência de algum jogador profissional que saiu do armário. Nem sequer há atletas que dão apoio, como fez Manuel Neuer, que joga na Alemanha e apoiou que seus companheiros de equipe saissem do armário. Além disso, profissionalmente, só Athletic Bilbao tem colaborado com uma campanha contra a homofobia, bifobia e a transfobia no futebol”, diz o anúncio da campanha no site das associações.
Em entrevista à revista alemã “Bunte”, em 2011, o goleiro Neuer disse que “quem é homossexual deveria dizer que é”. Afirmou ainda que “os torcedores se acostumariam rapidamente” a essa ideia. Ele lembrou que o mais importante era o desempenho do jogador em campo, não a orientação sexual.
Na Copa do Mundo 2014, a alta comissária da Organização dos Direitos Humanos (ONU), Navi Pillay, incentivou jogadores a assumirem a homossexualidade sem “qualquer temor” de retaliação ou preconceito.
– Incentivo os jogadores a declararem sua orientação sexual sem medo. Eles são modelos de conduta, é importante enviar esta mensagem a seus torcedores também. É uma vergonha que nos dias atuais as pessoas precisem esconder quem realmente são – disse Pillay, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
Até o momento, o meia Robbie Rogers é o único jogador a assumir publicamente a sua homossexualidade. Ele chegou a abandonar o futebol em fevereiro de 2013, aos 25 anos, mas voltou a jogar três meses depois pelo Los Angeles Galaxy, ex-time de David Beckham.
Em julho de 2013, a Federação Alemã de Futebol (DFB) lançou uma cartilha chamada “Futebol e Homossexualidade”, para ajudar atletas a se assumirem. O texto, de 28 páginas, foi entregue aos 26 mil clubes, amadores e profissionais, e associações regionais e nacionais de futebol do país.
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