Publicado pelo portal UOL, em 21 de agosto de 2015
Por mais de 300 mil votos, a opção “não” venceu enquete promovida pela Câmara dos Deputados que questionou se a definição de família deve ser baseada apenas na união entre homem e mulher.
A pesquisa, que ficou no ar por cerca de um ano e meio e foi encerrada na primeira semana deste mês, teve mais de 10 milhões de votos: 5.307.905 para a alternativa “não” e 4.944.827 para o “sim” –29.338 pessoas optaram por “não tenho opinião formada”.
A enquete foi criada pela Coordenação de Participação Popular da Câmara para que a população pudesse opinar sobre a definição de família que consta no projeto de lei 6583/2013, que cria o Estatuto da Família. O deputado Anderson Ferreira (PR-PE), integrante da bancada evangélica, é o responsável pela proposta, que inclui a criação da disciplina escolar “educação para a família” no currículo de todas as escolas públicas e privadas.
A partir deste mês, uma nova regra foi instituída a respeito da durabilidade das enquetes da Câmara e, agora, elas ficarão em votação por apenas 60 dias. De acordo com a assessoria de comunicação da Casa, a definição aconteceu após suspeita de fraude para a pesquisa em questão, já que a maior parte dos comentários na página era a favor da pergunta e não contra, como se mostrou o resultado.
Ainda segundo a assessoria da Câmara, os dados estão sendo analisados e, enquanto isso, o resultado divulgado nesta nota permanece válido.
Durante todo o tempo em que esteve em votação, a enquete gerou mobilização da população. Acesse a notícia original e veja algumas das manifestações no Twitter.
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