9 de outubro de 2024
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Um centro móvel de detecção da aids da organização Médicos Sem Fronteiras, em novembro de 2014 (Gianluigi Guercia / AFP

Publicado pelo portal RFI, em 16 de março de 2016.

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Um centro móvel de detecção da aids da organização Médicos Sem Fronteiras, em novembro de 2014 (Gianluigi Guercia / AFP)

A empresa de biotecnologia francesa Biosantech e o pesquisador do Instituto CNRS, Erwann Loret, apresentaram na quarta-feira (16) os resultados preliminares de uma vacina experimental contra o HIV. Se sua eficácia for comprovada, a injeção poderá se associar à triterapia, diminuindo os efeitos colaterais nos pacientes.

Os testes da nova vacina mostraram uma baixa nas células afetadas pelo vírus, que se torna indetectável. “Os pacientes poderão evitar 70 anos de triterapia, e esse é o principal resultado”, diz o pesquisador Erwann Loret, da Universidade de Marselha. O estudo foi realizado no hospital de la Conception, em Marselha, em 48 pacientes divididos em quatro grupos. Nove deles atingiram um nível viral indetectável nas células 12 meses mais tarde. Os resultados devem ser publicados na revista científica Retrovirology.

A vacina ataca a proteína Tat, produzida pela célula atingida pelo HIV, impedindo o sistema imunológico de se defender. A nova molécula desenvolvida pelo pesquisador se chama TAT Oyi, uma referência a um paciente gabonês naturalmente imune ao vírus.Testada em animais, ela foi injetada em pacientes humanos em 2013.

O coquetel de medicamentos utilizado contra a doença atualmente atua na carga viral sanguínea, mas tem pouco efeito no número de células atingidas pelo HIV, que servem de reservatório para o vírus e causam um aumento da carga viral caso o tratamento seja interrompido.

Esse efeito é comum à maior parte dos pacientes soropositivos e a ideia do estudo é justamente impedir essa reação do organismo. Com os resultados positivos, os testes agora devem ser realizados em outros hospitais europeus e nos Estados Unidos, associando vacinas e os medicamentos usado no coquetel.

Cura ainda é um sonho distante

De acordo com o pesquisador francês, a cura definitiva da doença só poderá ser obtida associando vacina e triterapia. Isso seria possível obtendo uma carga viral e um número de células doentes indectetáveis, além de uma queda da resposta imunitária, tornando o paciente novamente seronegativo. O único paciente do mundo curado é Timothy Brown, conhecido como o “paciente de Berlim”. Depois de uma leucemia, ele recebeu um transplante de medula e se tornou seronegativo.

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