19 de abril de 2024

Por Vino
Publicado pelo portal Pheeno, em 19 de maio de 2020

 

O Conselho de Monitoramento de Dados e Segurança, nos Estados Unidos, anunciou a eficácia do cabotegravir injetável de ação prolongada na prevenção da contaminação pelo HIV.

Estudos comprovam que o cabotegravir injetável de ação prolongada, também conhecido como PrEP de longa duração, é seguro e eficaz na prevenção do HIV. O estudo da Rede de Ensaios de Prevenção ao HIV, ‘HPTN 083’, acompanhou quase 4.600 pessoas que não vivem com HIV de mais de 40 locais na América do Norte e do Sul, da Ásia e da África.

A profilaxia pré-exposição (PrEP) – medicamento antirretroviral usado por pessoas que não vivem com HIV para prevenir a infecção pelo vírus – é um elemento importante na prevenção combinada do HIV. A PrEP permite que as pessoas reduzam o risco de serem infectadas pelo HIV.

O ‘HPTN 083’ teve início no final de 2017 em diversas cidades brasileiras e foi direcionado para mulheres trans e homens que fazem sexo com homens. O estudo deveria continuar por pelo menos mais um ano em todas as entidades que fazem parte da pesquisa. Porém, devido a uma possível interrupção dos testes e aos resultados satisfatórios na primeira análise intermediária, comprovando a eficácia do medicamento contra a contaminação do vírus, o PrEP de longa duração passou para a etapa final de pesquisa.

Depois de sua aprovação regulatória e quando a produção de cabotegravir acessível puder ser ampliada, homens que fazem sexo com outros homens terão três opões altamente eficazes de PrEP: pílulas diárias, pílulas tomadas antes e depois da atividade sexual (PrEP sob demanda) ou uma injeção a cada dois meses.

As mulheres trans poderão escolher entre injeções ou pílulas diárias, uma vez que a Organização Mundial da Saúde não recomenda a PrEP sob demanda devido a possíveis interações medicamentosas com alguns hormônios. As injeções de cabotegravir a cada dois meses são uma opção importante para as pessoas que acham difícil tomar uma pílula todos os dias.

O estudo adicional ‘HPTN 084’ está em andamento para estabelecer a eficácia do medicamento injetável de longa duração em mulheres cis. Mais de 3.000 mulheres sexualmente ativas em sete países africanos se inscreveram para o estudo. Os resultados deste estudo são esperados para novembro deste ano.

  • Vino é arquiteto, DJ, VJ, Produtor de Eventos e redator colaborador de conteúdos sobre diversidade LGBTI+ do portal Pheeno.com.br

2 thoughts on “Pandemia antecipa aprovação de PrEP injetável de longa duração

  1. Independentemente do resultado, que eu espero seja promissor, é bom termos em mente que medicamento preventivo não é igual a cura! Há muita gente abrindo mão de camisinhas e compartilhando seringas acreditando que não vai contrair nada.
    Se eu disser que o PreP da uma margem de 90% de “segurança”, digamos, haverá 10% de possibilidade de contágio.

  2. Sempre a melhor prevenção é o conhecer a pessoa antes e, a partir daí amigo ou namorado, viver uma relação! Até porque se depender de medicação deixasse o organismo saudável, Não teríamos vírus em mutação e bactérias resistentes. A alopatia sempre tem efeitos colaterais. A época das fotocópias, meu irmão ouviu do chefe: “Só as máquinas que você faz manutenção não voltam a ter abertura de chamados e, nossos contratos com empresas, versam sobre tais pedidos (manutenções constantes)”!

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