18 de abril de 2024
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Miguel Martins (à esquerda) é responsável pelo policiamento das ruas de Uruguaiana (reprodução/Facebook)

O soldado Miguel Martins é o primeiro homossexual a casar com o uniforme de gala do batalhão. A cerimônia está prevista para dezembro próximo

Publicado pelo portal O Povo Online, em 3 de junho de 2016

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Miguel Martins (à esquerda) é responsável pelo policiamento
das ruas de Uruguaiana (reprodução/Facebook)

A Polícia Militar gaúcha em 178 anos de Brigada Militar libera, pela 1ª vez, um soldado gay a casar com uniforme de gala. O casamento do policial Miguel Martins, 29, com o modelo Diego Souza, 21, está marcado para o dia 23 de dezembro deste ano em uma possível cerimônia ao ar livre. Martins contou que sofreu alguns preconceitos nas mídias sociais quando ficou noivo. “Decidimos lutar contra o preconceito. Ele não é diferente de ninguém. Tentaram prejudicar, mas o efeito foi justamente o contrário”, disse. As informações são da Folha de S.Paulo.

Mesmo com os comentários homofóbicos, o tenente-coronel Roberto Ortiz, 51, chefe de Martins, e o comandante geral da BM, Alfeu Freitas, apoiaram e decidiram permitir o uso do uniforme durante a cerimônia. “É uma prerrogativa da nossa profissão. Podemos usar todos os nossos uniformes, desde que respeitando as patentes”, afirmou Roberto.

Para Alfeu, o importante é que os militares sejam felizes. “Quanto mais os policiais militares estiverem bem na vida particular, será melhor”, pontuou. O comandante geral explica que as fardas só não podem ser utilizadas em locais inapropriados, como bares. “O que nós combatemos é o PM fardado num bar de quinta categoria bebendo. Daí, sim, é incompatível”, disse. Colegas do batalhão deverão estar usando os uniformes durante a cerimônia para apoiar Martins.

O soldado Martins conta que já sofreu preconceito por alguns colegas. Segundo ele, havia uma rejeição subtendida. “Todos tinham conhecimento da minha orientação sexual. Alguns não aceitavam e não tinham coragem para falar comigo”, disse. Porém, esse comportamento só é visto por algumas pessoas. Na rua, o militar é respeitado. ‘’Na cidade, todo mundo sabe que eu sou gay. Nunca vi nada hostil da parte da comunidade. Sou um policial honesto e correto”, conclui.

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