24 de abril de 2024

(Reprodução/YouTube)

Campanha da OpusMúltipla para Grupo Dignidade vence a intolerância com julgamento emitido pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária

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O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) determinou por unanimidade nesta terça-feira (29) o arquivamento da representação feita na entidade por uma consumidora que julgou inadequado o conteúdo do filme (segundo a qual estaria fazendo lavagem cerebral nas crianças). “Eu odeio berinjela”,  criado pela OpusMúltipla para o Grupo Dignidade e veiculado nacionalmente pela Rede Globo.

Como defesa, a OpusMúltipla e o Grupo Dignidade argumentaram que o filme aborda o respeito à dignidade humana e o repúdio irrestrito à qualquer forma de discriminação – consagrados na Constituição Brasileira –, bem como o fundamento da liberdade de expressão.

No laudo de n° 250/16, a relatora e conselheira Fátima Pacheco Jordão expõe em suas considerações que a maioria das manifestações dos consumidores que acessaram o CONAR foram fortemente a favor do filme produzido para o Grupo Dignidade (organização pioneira na promoção da cidadania LGBT); e que o Brasil é apontado pela ONU como um dos países mais violentos do mundo em relação à agressão e mortes por questão de gênero (daí a necessidade de campanhas de conscientização); e ainda que as leis brasileiras e os julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecem a união afetiva como direito da cidadania e que a Rede Globo (emissora que elegeu a peça para integrar uma campanha de promoção do respeito mútuo) traz um viés voltado para uma visão de direitos humanos.

“Esta é uma vitória do respeito à divesidade humana. O que queremos é uma sociedade em que todos e todas tenham dignidade e direitos”, comemorou Toni Reis, diretor-executivo do Grupo Dignidade.

Desta forma, o CONAR votou pelo arquivamento da representação por considerar que a mensagem trazida pelo filme “Eu odeio berinjela” é necessária diante de um grau de intolerância e de violência contra homossexuais no país, que as cenas citadas pelos consumidores dos beijos dos casais não contêm elementos de erotismo e que o teor da mensagem invoca a supremacia da civilidade, em contraponto à barbárie e ao ódio.

Veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=shsBwphAOaI

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