23 de abril de 2024
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A mensagem abaixo foi escrita pela mãe de um rapaz trans em apelo a uma defensora pública para que seja viabilizado com urgência um ambulatório transexualizador em Salvador, cidade com grande demanda reprimida e muitas histórias de sofrimento acumuladas.

http://www.sinaldafenix.com.br/site/wp-content/uploads/2014/01/trans.jpg“Dra. Eva, eu sou mãe de um rapaz trans. Meu filho e eu sofremos muito até ele tomar coragem de se deixar nascer. Em outubro de 2015, sepultei uma filha e ganhei um filho, mas as minhas aflições ainda não acabaram.

Meu filho faz hormonização sem orientação médica. Não tenho como pagar, ganho pouco, como muitos neste país. Meu filho sofre diariamente ao usar o binder para esconder os seios, pois também não posso pagar uma mastectomia para vê-lo completo e feliz.

Eu sofro ao ver meu filho sem querer ir a uma emergência médica por vergonha do nome. Imagine um rapaz barbado na fila de uma ginecologista do SUS. Imaginou? Ele não queria ir por esse motivo, mas Inês conseguiu um anjo que o atendeu de forma discreta.

Eu sofro todo dia por saber que, se um homem trans sofre, o meu filho, que também é um boderline, sofre em dobro. Tenho muito medo, pois existem boderlines quem se mutilam. Até aqui meu filho não se agrediu assim, mas confesso que o problema da mama me preocupa.

As dificuldades são muitas. Eu o coloquei numa faculdade particular sem saber nem como pagar. Até conseguir o FIES, foram dois anos e meio de penúria mesmo. Mas Deus é um amigo querido e nós sobrevivemos!

Vale salientar que tanto eu quanto outras mães, apesar das dificuldades, somos mães presentes e parceiras. Mas e aqueles que são renegados pela família? Quem olha? Quem ampara? O apoio é importantíssimo!

Como meu filho, sei que existem muitos outros espalhados por aí. Sei que a senhora vai se empenhar para ajudar não só essa população que sofre, mas também a nós mães que sofremos muito mais por vê-los sofrer. Sei da sua sensibilidade, bem como dos demais aqui unidos nessa causa e é isso que me faz acreditar que o nosso ambulatório vai sair!

Queremos ajudar. Sinalize o que devemos fazer e nós faremos!”

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